As dores mais comuns da mãe de primeira viagem
- MILENA CATANI
- 7 de jul.
- 3 min de leitura
“E se eu não der conta?” — Aprenda como lidar essas dores
Mãe, eu sei que se você está esperando seu primeiro bebê, é provável que, em meio à alegria, também esteja sentindo um certo medo.
Aí vem aquelas dúvidas: Será que vou saber cuidar? E se ele chorar e eu não entender? Vou conseguir amamentar?
A verdade é que essa mistura de amor, insegurança e expectativa é absolutamente comum. E mais: não significa que você está despreparada. Significa que você se importa.
Como pediatra e mãe, acompanho de perto essa fase e quero, neste texto, te ajudar a transformar essas dores em passos mais leves e seguros — com informações simples e práticas.
As dores mais comuns da mãe de primeira viagem
Medo de não saber amamentar – Insegurança sobre ter leite suficiente, a pega correta e dor durante a amamentação.
Medo de não entender o choro do bebê – Angústia por não conseguir identificar o motivo do choro.
Medo de machucar o bebê nos cuidados básicos – Insegurança ao dar banho, trocar fralda ou segurar o recém-nascido.
Medo de não reconhecer sinais de febre ou doença – Preocupação com a saúde do bebê e dúvidas sobre quando agir.
Vamos ver com mais detalhes
🤱🏽 1. “E se eu não souber amamentar?”
Medo de não ter leite suficiente, de o bebê não pegar o peito, de sentir dor? Muitas mãe passam por isso
A amamentação é um aprendizado para o bebê e para a mãe.
O ideal é fazer a primeira mamada na primeira hora de vida — ajuda na pega e na produção.
Tenha apoio profissional desde o início: o pediatra pode avaliar a pega, orientar posições e prevenir fissuras mamilares.
Use compressas mornas antes da mamada e frias após, se houver desconforto.
Evite a ideia de “produção fraca”: o colostro nos primeiros dias é suficiente e riquíssimo!
📌 Dica do eBook: “Quanto mais o bebê mama, mais leite o corpo produz. Confie na natureza — e busque orientação sempre que sentir dor ou insegurança.”
😢 2. “E se o bebê chorar e eu não souber o motivo?”
Angústia ao ouvir o choro sem saber interpretar? Normal
Bebês recém-nascidos choram basicamente por 4 motivos: fome, sono, fralda suja ou desconforto/gases.
Aprender a observar o bebê (expressão, movimentos, ritmo do choro) ajuda a identificar o motivo com mais facilidade.
Manter uma rotina previsível (banho, mamada, sono) também ajuda a reduzir o choro.
O colo não “estraga” o bebê — ele transmite segurança, especialmente nas primeiras semanas.
📌 Dica do eBook: “Você vai descobrir, aos poucos, que o choro não é aleatório — e sim uma forma de comunicação que você vai aprender a decifrar.”
🛁 3. “Como dar banho, trocar fralda, segurar o bebê sem machucar?”
Medo de não saber lidar fisicamente com o bebê? Super normal também
Comece com banhos durante o dia, com calma, em ambiente aquecido.
Tenha tudo à mão: toalha, sabonete, fralda limpa, roupinha.
Apoie a cabeça do bebê com o braço e segure firme, mas com suavidade. Com o tempo, seus movimentos se tornarão automáticos.
Treinar com orientação no hospital ou nas primeiras consultas pode aliviar bastante a insegurança.
📌 Dica do eBook: “A prática constante traz segurança. Não se cobre perfeição: cuide com presença, não com rigidez.”
🌡 4. “E se ele tiver febre logo nos primeiros dias?”
Medo de não identificar sinais de doença e não saber quando agir? Também é muito comum
Febre em recém-nascido (temperatura ≥ 37,8°C) precisa ser avaliada com urgência.
Mas nem sempre o bebê está doente: roupas em excesso e ambientes quentes podem elevar a temperatura.
Sinais de alerta: choro inconsolável, recusa alimentar, moleza ou coloração estranha.
Medir a temperatura sempre que o bebê estiver “diferente” pode ajudar a agir com mais tranquilidade.
📌 Dica do eBook: “Seu instinto materno é valioso — mas deve ser combinado com informação confiável e acompanhamento pediátrico.”
🌟 O poder da informação acolhedora
Durante a gestação, é possível (e recomendável) começar o vínculo com o pediatra.
Entender o que esperar dos primeiros dias, o que é normal e o que precisa de atenção, evita decisões precipitadas e inseguranças desnecessárias.
Se você está em São Paulo, pode contar com acompanhamento presencial.
E se mora longe ou prefere a praticidade de estar em casa, o atendimento online é uma excelente opção — com a mesma escuta, clareza e apoio.
Esse acompanhamento também ajuda a prevenir e acolher as dores mais comuns da mãe de primeira viagem.
💬 Uma última coisa importante:
“A criança é um ser em desenvolvimento — e a mãe também.”
Você não precisa nascer pronta. Precisa apenas estar disposta a aprender, e se permitir ser cuidada também.

SOBRE MILENA CATANI
Dra. Milena Catani é médica Pediatra e Neonatologista, formada pela UNIFESP, onde também concluiu sua residência médica. Com mais de 15 anos de experiência, atua com dedicação no acompanhamento pediátrico geral, oferecendo também consultas durante a gestação e assistência especializada em salas de parto nas principais maternidades de São Paulo.
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